terça-feira, 8 de maio de 2007


é úmido este chão margeado pelo rio
por onde hei de seguir meu destino
(estou só entre meus mortos)

abraça-me antes do atardecer
em silêncio
pois a fé caducou despida, mãe

e da vida
guardo somente um terno de pássaros
que descansam sob o luar.
imagem de Oswaldo Guayasamín

4 comentários:

diovvani mendonça disse...

Seus poemas são sempre bons e me mostram, possibilidades de outras margens.

Deixo aqui um dos meus,
que acho, rimar com esse seu.

PASSOS MÁGICOS
Olha-me antes,
que a paisagem fique turva.
Que meus passos ébrios,
apaguem a curva.

AbraçoDasGerais

Unknown disse...

As (nossas) mães...
Um abraço!

Rubens da Cunha disse...

foi perfeita a junção imagem poema.
abraços
Rubens

Leandro Jardim disse...

rapaz, sua poética é belíssima mesmo!!!