
PRECE DA PRIMEIRA AURORA
naquele quarto, esquecia o medo
era criança demais pra ser notado
achava que deus tinha ouvidos cheios de cera
e enormes olhos de vidro
rabiscava palavras que antecediam murmúrios
seus dedos acolhiam pequenos lamentos
frágeis círculos na arte de sonhar mundos
e cores que ninguém sabia
tinha brinquedos dos quais jamais se separava
forte-apache, autorama, fura-fura
todas as árvores do fundo do quintal
e os bichos imaginários feitos de nuvens
naqueles dias a infância chegava cedo
antes mesmo das sombras que o sol trazia
não havia desamor nem desespero
e não se morria dia após dia
naquele quarto, esquecia o medo
era criança demais pra ser notado
achava que deus tinha ouvidos cheios de cera
e enormes olhos de vidro
rabiscava palavras que antecediam murmúrios
seus dedos acolhiam pequenos lamentos
frágeis círculos na arte de sonhar mundos
e cores que ninguém sabia
tinha brinquedos dos quais jamais se separava
forte-apache, autorama, fura-fura
todas as árvores do fundo do quintal
e os bichos imaginários feitos de nuvens
naqueles dias a infância chegava cedo
antes mesmo das sombras que o sol trazia
não havia desamor nem desespero
e não se morria dia após dia
2 comentários:
Cá estou para ler e gostar.
hábraços,poeta
O mundo das crianças descrito como só tu sabes
beijinhos
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